quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia Nacional do Livro

Hoje é um dia muito especial, o Dia Nacional do Livro! Como assídua leitora e escritora, não posso deixar de enfatizar os benefícios tragos pelos livros ao mundo. O livro é uma ferramenta para conhecimento, digo até compreensão, como saberíamos de Ilíada, Romeu e Julieta, os sonetos de Camões, Dom Quixote, Anna Karenina ou Guerra e Paz de Tolstói, Os Miseráveis ou O corcunda de Notre Dame de Victor Hugo, Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas, os heterônimos de Fernando Pessoa, como conheceríamos Alice no País das Maravilhas sem eles?
Livros são formadores de cultura, eles podem ser armas poderosas no mundo. Nossos registros, saberes, sonhos, imaginações são registrados em palavras e em livros. A impressora de Gutenberg serviu como instrumento fundamental para disseminar esses objetos tão fantásticos que hoje podemos ler em qualquer lugar. Os livros digitais também são interessantes, porque barateiam o produto e reduzem distâncias. Mas ainda assim, nada como um livro físico, nada como o prazer de tocá-lo, ver aquela capa linda e colecionar seus preferidos.  
E hoje como dia nacional dessas belezuras te pergunto sobre a literatura brasileira, você gosta? A nossa literatura já foi muito vista como elitizada, porém agora qualquer um pode ler e se deliciar com nossos autores nacionais e nossa cultura. Não importa se é Machado de Assis, ou Paula Pimenta, ou Clarisse Lispector ou Oswald de Andrade, leitura é leitura! E você, qual livro gosta?

*OBS.: Em 29/10/1810 foi fundada a Biblioteca Nacional após a transferência da Família Real ao Brasil.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

E agora?

https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQGdTpK0yjS7Og_KrwCZDDkQLqoSbmhUrmyaXBL1gwrCx-meGbFEsse ano inteiro passei estudando para o Enem e no último mês quase abandonei o Blog (menos no Instagram) em prol desse objetivo maior. Agora o Enem passou e todos que fizeram vão ter que esperar o resultado até Janeiro, sem choro, nem vela.
O que eu achei sobre a prova? A prova fez jus as minhas expectativas, mais difícil do que os anos anteriores, mas nada absurdo. O tema da redação estava de acordo com o estilo do Enem, social e algo de conhecimento geral (até porque a prova é nacional, não é mesmo?). Acho que poderia ter tido até menos polêmica sobre a prova, porque essa dramalhão que fazem todo ano já está ficando sem graça. Ok, formigas no microondas não é tão cotidiano, mas nada anormal. E sinceramente pra falar desse tema não precisa polemizar sobre feminismo ( já toquei nesse assunto outro dia), violência contra a mulher é um dos problemas mundiais e nacional e deve ser resolvido, pronto. O mais importante nessa prova não é decorar apenas teorias ou fórmulas, mesmo que o teor da prova esteja se tornando mais conteudista, mas ser engajado na vida e nos problemas sociais. Debochem o quanto quiserem, sabemos que a prova é do governo, mas ela é feita por professores e acima de tudo profissionais, então o mínimo que se espera é que ela dialogue com sua função "Um ensaio para vida". 
Sobre meu desempenho? Sei que me dediquei e fiz o que tinha de ter feito, admito que poeria ter feito melhor, mas é normal pensarmos assim. Creio que o fruto que colhemos vem diretamente do que plantamos. E mesmo na incerteza sobre a nota da redação, até lá, estou ciente de que apenas a prova da vida é capaz de avaliar minha preocupação social e engajamento. 
E o Blog? Volta a ativa! Estou cheia de ideias, sobre assuntos diversos, resenhas e muito mais! Preciso realmente de incentivo, quem puder divulgar serei imensamente grata. Tenho muito amor pelas palavras e apesar de saber que não sou nenhum Machado de Assis, gostaria muito de que as pessoas conhecessem o que eu escrevo.
Por enquanto é isso! Espero que todos tenham ido bem no Enem, viu? Um grande abraço!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Vida de escritor

Sim, eu sei o quanto de tempo faz que não posto nada. Mas aproveitei uns minutos sobrando para contar-lhes um pouco sobre mim, o que talvez os faça compreender tanta ausência.
 " Ser escritora em um país sem uma cultura literária popular é muito complicado, além do fato de ser inexperiente, o que piora mais ainda a situação. Nos últimos meses tenho me dividido entre estudos e sonhos literários. Infelizmente, esse último acabou ficando de lado e isso é massacrante para mim. As poucas coisas as quais escrevi durante o ano serviram mais de válvula de escape do que inspiração. Já fui negada várias vezes, sinto que de nada valem meus escritos.  Não que eu me ache o novo prodígio da literatura nem nada, eu apenas queria ser lida, afinal, acho que esse é o maior sonho de qualquer escritor, não é?

E é então que começo a questionar as razões da minha escrita. Escrevo pra viver ou vivo pra escrever? Não, na verdade nem um dos dois, escrevo para sobreviver. As palavras são como águas correntes em um rio profundo e abarrotado de surpresas em seu fundo, tão fundo que nem mil escadas alcançam seu solo lodoso. Haveria um solo? Essas águas levam folhas e toda sujeira que se acumula impossibilitando a passagem de luz. Porque essas negras águas precisam de luz? Mesmo que a luz pouco ajude aos seus observadores, ela ajuda ao próprio rio e seu ecossistema. Como poderia se autogerir sem fazer fotossíntese? Como viver sem luz? 
A alma é algo sóbrio e indefinível. Se perdermos nosso tempo explicando-a, nos esqueceremos de explorá-la e se maravilhar com suas belezas. Não importa o tempo que passe, o ser humano continuará sendo curioso e essa característica tão intrínseca é tão charmosa como o badalar do relógio a meia noite. E essa é a maior maravilha de viver, nada como um dia após o outro, todo dia é dia de aprender, dia de amar, dia de questionar, conhecer e renascer! 
Porque tantos rodeios em torno de uma volta infinita? Pois as metáforas e outros badulaques da escrita que eu nem sei dizer são as minhas joias preciosas. Mesmo que ninguém me entenda, nem eu mesma, ao menos as palavras entenderão. Elas estão lá, para sempre, no simples ato de existir."

Giovana de Carvalho Florencio