domingo, 31 de julho de 2016

Resenha -A Menina que Roubava Livros

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Chega a ser engraçado pensar que já faz um ano que li esse livro e até hoje não tinha escrito a resenha. Mas tudo bem, ainda é tempo! A Menina que Roubava Livros é um clássico para se ler ao menos uma vez na vida. Posso dizer que o filme é bom também, mas hoje me deterei ao livro.


Editora: Intrínseca
Ano: 2014
Páginas: 478
Sinopse: A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, porém surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente - a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los em troca de dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. Essa obra, que ela ainda não sabe ler, é seu único vínculo com a família. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a cumplicidade do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que a ensina a ler. Em tempos de livros incendiados, o gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. A vida na rua Himmel é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um jovem judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela história. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa desse duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto.


Sobre o livro: Assumo que a diagramação do livro incomoda um pouco no começo e a narradora nos causa  certo estranhamento, mas por outro lado esse foi o grande diferencial da obra. Não é novidade dizer que este livro é narrado pela Morte e que a sutileza desta acalma os fatos tão doloridos da trama meio a Segunda Guerra Mundial. Nao me canso de ler ou assistir filmes com esse contexto pela simples razão de que estes nos despertam uma humanidade sem igual. E é extamante isso que Markus Zusak demonstra em sua história.
Liesel é uma personagem cativante por si só, ela demonstra grande força interior ao encarar a triste realidade da guerra e a perda da família. Como pode-se ver pelo título, Liesel rouba livros, mas que fique claro que ela tem suas razões. Como sabemos os livros se tornam artigo de luxo em épocas de guerra, sendo que já eram menos acessíveis no passado, quem dirá livros de autores os quais o sistema não apoiava. Há inclusive um trecho do livro em que vários livros são queimados em praça pública! Admito que isso que me deu um aperto no coração tremendo.
Nossa protagonista conhecerá seus pais adotivos, os Hubermann, e acabará por descobrir uma nova família. Uma mãe, Rosa, um pouco brava, porém com um coração enorme. E um pai, Hans, com um coração de ouro tocador de acordeão. Falando em acordeão, chegamos a história dele. O instrumento fora presente de um amigo judeu falecido na Primeira Guerra Mundial. Durante a trama o filho deste amigo, Max, se esconde no porão da casa dos Hubermann e ambos de desenvolvem uma bela amizade. 
Ele porém, não é o único amigo da menina. Liesel e Rudy, seu vizinho "o garoto de cabelos cor de limão", chegam a emocionar. Mas é o todo da história mesmo e dos vários livros lidos pela menina que constroem essa obra tão sensível e cativante. O livro chegou ao cinema e agradou bastante a mim como adaptação, não por ser perfeita, mas pela sensibilidade. A história pode ser fictícia, mas o contexto é real. Os anos retratados da vida da personagem são cheios de detalhes, altos e baixos e personagens interessantes, mas isso é coisa que só se entende lendo...





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