segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Crítica Ben-Hur

Ben-Hur já era um daqueles filmes clássicos que estava na minha lista. Então, quando assisti o trailer da regravação definitivamente quis ir ao cinema. Pra começo de conversa, um filme que tem corrida de bigas já chama minha atenção, depois pela trama intrigante. Falaremos disso mais a frente.


Data de lançamento: 18 de agosto de 2016
Direção: 

Duração: 2h 04min 
Gênero: Ação, Épica, Aventura
Nacionalidade: EUA


Sinopse: 

Não recomendado para menores de 14 anos
O nobre Judah Ben Hur (Jack Huston), contemporâneo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro), é injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Ele sobrevive ao tempo de servidão e descobre que foi enganado por seu próprio irmão, Messala (Toby Kebbell), partindo, então, em busca de vingança.
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Opinião: A meu ver o mais legal desse filme é como ele é recheado de surpresas. Isto é, pra quem não assistiu a versão de 1959. Aqui no caso não faremos uma comparação entre as obras, porque essa não é a intenção, vamos apenas analisar essa versão de 2016. E partindo desse pressuposto, devo citar a bela fotografia que o filme trás. O figurino também chama a atenção, considerando que a história se passa no primeiro século depois de cristo. Ou seja, lidamos com romanos e seus elmos, os judeus e povos nômades com roupas bem específicas da época. De modo geral, a parte técnica do filme foi boa, no entanto, seria melhor se não tivesse falhado nos últimos 3 minutos do longa, mas foi um erro tão bobo que deixarei você assistir para encontrar.
Por outro lado, quanto à atuação, gostei da maioria. Morgan Freeman (Sheik Ilderim) está brilhante como sempre, não seria diferente. Rodrigo Santoro impressiona a todos transferindo credibilidade ao personagem e sendo um dos melhores "Jesus" que eu me lembro do cinema. Jack Huston (Bem-Hur) desenvolveu um personagem interessante e de modo geral representou muito bem o seu papel. Se tem alguém que me incomodou nisso tudo foi Toby Kebbell (Messala), talvez fosse um personagem que exigisse mais em si mesmo, mas penso que o ator poderia ter sido mais expressivo durante o longa. Se formos levar em contar os primeiros 100 minutos do filme e as expressões de Messalla, diremos que ele mal tem sentimentos.
Agora vamos deixar um pouco a tecnicidade dessa versão de lado e tratar do enredo imortal. Pra quem não sabe a obra é inspirada em um livro do fim do século XIX já retratado várias vezes no cinema e no teatro. A mensagem da obra é de paz e fraternidade. Algo que vem muito a calhar nos dias de hoje com tantas guerras e facções se disseminando pelo mundo. Em época de terrorismo, Estado-Islâmico, a guerra sem fim da Palestina e Israel, os países europeus que não acolhem ou não sabem como acolher mais imigrantes... Enfim, em dias assim é preciso uma mensagem de paz.

Ben-Hur e Messala são irmãos de criação. Um dia, Messala, que era apaixonado pela irmã de criação e era descendente direto de um dos traidores de Júlio César, se sente rejeitado por todos. Dessa forma ele decide se juntar ao Exército Romano buscando prestígio entre Romanos e superioridade entre Judeus. Graças a uma oportunidade dada por Pôncio Pilatos, Messala se torna General e adquire grande poder entre seu povo. Ao retornar a Jerusalém, ele está mais embrutecido do que nunca e ainda guarda ressentimento da família de criação, pois se sentia preterido. Quando se reencontram nem tudo corre as mil maravilhas e devido a um deslize essa família que o criou cai em desgraça. Messala poderia escolher puni-los ou não, mas ele os pune. E é a aí que se desenrola todo o sofrimento da obra.
Ben-Hur passa anos como escravo em um navio em consequência disso tudo. Quando por um acidente ele consegue se libertar encontra um nômade (Morgan Freman) que o ajuda a voltar a Jerusalém e preparar sua vingança. De volta a sua terra, ele descobre que sua mãe e irmã foram mortas, mas sua esposa conseguira fugir e estava acompanhando um novo profeta (Jesus). Para tentar se vingar de Messala ele com a ajuda do nômade vai competir uma corrida de bigas contra o irmão em troca do perdão de Roma e liberdade. Essa briga estava certamente fadada ao fim de um dos dois...

O fim da história se desenrola como num conto e ficará a critério seu descobrir. A meu ver o melhor foi o posicionamento de Jesus nisso tudo, que é tido como um personagem histórico e símbolo de esperança. Não é preciso ser de nenhuma religião para se encantar com a obra. O final é claro que vai de encontro com a mensagem que o autor queria passar. Mas vendo mais poeticamente, sem ser tão literal, podemos dizer que o perdão é o que nos salva todo santo dia.

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